A Familia em Rede - Seymour Papert
Capitulo 3 - Aprendizagem
Neste capítulo o autor começa por abordar a forma como os pais são "enganados" na compra de software educativo para os filhos. "Enganados" por si próprios, pela sua ignorância no que toca ao critério de compra que, geralmente, é "alinhar em «modas» - comprar o que os vizinhos referiram - e «prémios»;" (Papert, 1996, p.65) “Enganados" pela falta de informação que é disponibilizada pelos assistentes que vagueiam nas lojas e que sabem tanto ou menos que os pais das crianças; e ainda, “enganados” pela industria de software que “possui um conhecimento excelente sobre o que é mais facilmente vendido aos pais” (Papert, 1996, p.66), ou seja, software educativo de baixos custos.
A partir da sua linha de pensamento construtivista, no que toca à aprendizagem, Papert faz-nos ver os benefícios das "aprendizagens de estilo familiar" (que ocorrem naturalmente na interacção da criança com o meio na sua busca pelo conhecimento tentando satisfazer a sua curiosidade) em relação às "aprendizagens de estilo escolar" (em que o conhecimento é transmitido por um professor de forma tradicional). E assim sugere que já que não há nada como um bom jogo de vídeo para desafiar uma criança que tal dar às crianças, e aos pais, o desafio de construir um jogo que siga aos parâmetros desejados?! Para isso, o autor, dá-nos três formas de o fazer:
- Abordagem instrucionista: criação de um jogo de raciocínio simples que adapte a "aprendizagem de estilo escolar" ao contexto de jogo;
- Abordagem construcionista: criação de um jogo pelos próprios, pais e crianças;
- Abordagem do aprender sobre a aprendizagem: criação de um jogo directamente relacionado com conhecimento escolar.
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